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Fantasia

  • Foto do escritor: Camila Battaglia
    Camila Battaglia
  • 18 de jun. de 2020
  • 1 min de leitura

Eu me apaixonei muitas vezes e chorei muitas também. Ri, estranhei, assisti até o final para ver se ia ficar bom e me surpreendi. Visitei alguns castelos, fazendas, uma cena de crime e fui à Espanha.

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Escrevi um livro, encontrei uns amigos naquela cafeteria famosa, participei de uma competição de dança e peguei um pomo de ouro com a boca. Achei um tesouro, lutei em uma guerra, operei um tórax e me apaixonei de novo. O que eu mais fiz durante essa quarenta foi visitar realidades para que eu pudesse fugir um pouco da minha.

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Acho engraçada a capacidade que a gente tem de se transportar para uma ficção. Aquele mundo era o meu! Aquela história era a minha, os amores, as dores e as fantasias. Eu andei por aquele parque, cantei aquela música, achei engraçada aquela piada e superei aquele problema que poderia acabar com o resto da minha vida.

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Então fiquei pensando: se eu posso sonhar com uma ficção, o que me impede de vivê-la? Talvez alguns elementos não sejam possíveis de encontrar na realidade, como o extraterrestre que conheci durante uma missão ao espaço. Mas o que me impede de procurar pela vida aquela sensação de descobrir algo novo? Ou visitar um lugar tão lindo que me faça sentir uma magia poderosa? Ou encontrar uma pessoa, reparar nos detalhes mais incríveis dela e tornar isso uma aventura selvagem? O que me impede de viver tudo o que eu sou capaz de sonhar?

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Então eu mesma respondo a mim e respondo a ti: apenas a nossa capacidade de acreditar.


(foto e texto: @camilabattaglia )

 
 
 

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